Iatismo ou vela um esporte estimulante e que demanda grande esforço físico e mental. Há diferentes tipos de disputa, dirigidos por entidades internacionais ou locais. As provas podem acontecer em lagos, costas ou estuários, assim como nas beiras ou em alto mar. Os velejadores podem ir sozinhos, em tripulações pequenas ou em grupos de mais de 20 atletas. 

Perfil do competidor
Força e boa forma física são fundamentais, mas raciocínio e atitudes rápidas são extremamente importantes. A parte superior do corpo precisa ser forte para mudar a posição da vela a todo momento; já a inferior deve ser ágil para se movimentar pelo barco. Os velejadores começam a praticar o esporte com pouca idade. Os competidores olímpicos, em sua maior parte, possuem vinte e poucos anos. 

Onde eles velejam
As corridas em alto mar, normalmente, seguem uma rota já estabelecida por bóias. As de menor percurso, que acompanham a costa, possuem marcas temporárias. 

Corridas olímpicas
As provas são curtas, com duração entre 30 e 75 minutos. Uma corrida olímpica clássica tem 1,6 quilômetro de distância entre as marcas, com um trajeto de diferentes ângulos. O trecho para onde sopra o vento é a parte mais importante da prova e é percorrido duas vezes. Quando o velejador atinge entre 45 graus e 135 graus na direção do vento está no ponto máximo para atingir velocidade.

Corridas no oceano
As corridas no oceano são o ápice do esporte para o velejador. É o maior teste de resistência, pois podem durar meses e levam os competidores para longe da sua pátria. Algumas são individuais e disputadas por homens e mulheres. Outras são disputadas por grandes grupos, que vivem juntos durante algum tempo e são liderados pelo capitão. Curiosamente, os trechos em que o mar está calmo provocam dificuldades psicológicas, já que a sensação de seguir com as correntezas, sem a intervenção do vento, pode causar frustrações aos velejadores. Os atletas deste tipo de corrida devem ser engenhosos para lidar com os diferentes tipos de situação e problemas no barco. 

Com o quê eles velejam
Barcos de diferentes tamanhos podem ter um, dois ou três corpos paralelos. Um barco com dois corpos é um catamarã, enquanto no último caso, é considerado um trimarã. Os barcos de corrida possuem uma grande área para velejar, além de lâminas de metal submersas. Os projetistas de barco estão sempre estudando matérias mais ceves para usar em sua construção, além de estarem sempre preocupados com o equilíbrio entre velocidade e segurança. 

Classes olímpicas
Os barcos usados nas olimpíadas são medidos por fórmulas, mas o teste se concentra na habilidade do velejador e não no desenhista do projeto. As classes são definidas pela International Sailing Federation (ISAF) e podem mudar de acordo com a melhora no desempenho dos atletas e no desenvolvimento de novas tecnologias nos barcos. A laser, laser radial e a 470 são muito comuns e normalmente são práticas em clubes ao redor do mundo. A tornado catamarã, a 49er, a yngling e a star são menos comuns e são disputadas entre atletas de elite. A primeira não foi selecionada para as olimpíadas de 2012. 

Chegando à beira
Os velejadores trabalham duro para extrair o melhor dos seus barcos. As regras são rígidas, já que todos devem usar os mesmo equipamentos. Ajustes mínimos, no entanto, são importante para ganhar vantagem frente aos adversários. 

Partes do barco
Todos os barcos a vela possuem um corpo, um mastro, velas e uma lâmina submersa para evitar que o barco fique à deriva. Os sistemas variam em tamanho e complexidade, mas são reconhecidos em cada tipo de barco. A maior parte deles possui um deque. 

Vestuário
Manter-se quente, confortável e seco resulta em segurança na água. Tecidos especiais e roupas feitas sob medida são importantes para ter sucesso na prova.

Regras da corrida
Todas as provas com iates e barcos pequenos são presididas pela International Sailing Federation. Algumas regras locais também podem ser aplicadas. As regras são complicadas e para ter sucesso na corrida é preciso que o velejador as conheça e saiba aplicá-las taticamente.

Corrida tática
Velejar exige tática. À primeira vista, algumas das manobras parecem ser feitas após longo período de prática. Dessa forma, a intimidade com o leme é fundamental para ganhar uma corrida. Para que todas as regras sejam cumpridas, há barcos dispostos na água, principalmente nas áreas de virada, para visualização. Os próprios barcos que estão competindo podem apontar irregularidades cometidas durante a prova, por meio de uma bandeira vermelha. Se o protesto for aceito, será analisado após o final da corrida. 

Ganhar não é tudo
Uma das regras na vela é ajudar algum competidor em perigo a qualquer momento. Em 2006, a prova Velux 5 Oceans enfrentou tempestades severas. O iate Hugo Boss de Alex Thomson´s perdeu a quilha e ele foi obrigado a usar o salva vidas. Mike Golding, que estava horas à frente no Ecover, na segunda posição, voltou para resgatar seu colega. “Este é o jogo”, ele escreveu. “Isso é o que fazemos”. Logo adiante, uma parte do barco quebrou e ele também foi forçado a deixar a prova. 

Contagem regressiva
Cada classe é identificada por códigos feitos com bandeira. Um sinal é sonoro é dado toda vez que um sinal é hasteado ou baixado. A bandeira da classe é levantada cinco minutos antes do início. O sinal preparatório levanta aos quatro minutos e abaixa um minuto antes do início. Os juízes, então, checam se nenhum barco passou da linha de largada. Caso isso aconteça, ele deve retornar para que a prova recomece. 

Táticas para velejar
Velejar é usar o vento para ganhar vantagem, velocidade e atingir um destino específico. Isso envolve o movimento das velas e a hidrodinâmica das lâminas submersas. Tudo começa com o projeto do barco, mas a forma como as velas são ajustadas e como o barco é balanceado pela tripulação são técnicas que os velejadores devem aprender. 

Técnicas no barco
A força do vento normalmente faz o barco virar para um lado. Em barcos pequenos, o balanço da tripulação pode mudar de acordo com a movimentação de peso por todo a área. Nos barcos convencionais, os velejadores podem ficar com os pés embaixo de faixas, com as costas para trás, perto da superfície da água. Alguns barcos modernos, como os usados na classe 49er, possuem “asas” para facilitar o processo.

Curiosidades

  • A competição America, de 1851, desafiou barcos ingleses a circundar a ilha Wight, na Inglaterra. Desde então, o trajeto é conhecido como a copa América da vela.
  • Sir Robin Johnson, de 67 anos, foi o velejador mais velho a participar do Velux 5 Oceans.
  • O canal VHF 16 é dedicado para emergências e para ajudar na costa.
  • Uma milha náutica corresponde a 1.852 metros, uma padronização para definir a medida de 1 minuto de latitude. 
  • A regata anual de Kiel Week, que acontece na Alemanha, envolve 5.000 velejadores, em 2.000 barcos. 
  • Nas olimpíadas de 2008 foram selecionadas 11 classes de barcos. 
  • As classes de barcos selecionadas para os jogos de 2012 são seis masculinos (sailboard, laser, 470, star, Finn, 49er) e quatro femininos (sailboard, laser, 470 e yngling).
  • Nas olimpíadas de 2008, três classes (Finn, 49er, tornado) foram permitidas para ambos os sexos. Em 2012, esta decisão será descontinuada. 
  • Em 2008, nas olimpíadas de Pequim, 18 nações dividiram 33 medalhas olímpicas.
  • Cerca de 2 milhões de pessoas devem ter assistido à edição 2005-2006 da Volvo Ocen Race pela televisão.
  • Aproximadamente 181 mil pequenos barcos devem estar nas águas em 120 países.
  • A prova mais longa de vela, a Vendée Global Challenge, possui 22.500 milhas náuticas ou 41.670 quilômetros. 

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